quinta-feira, março 22, 2012

Dia Mundial da Água: Vamos comemorar Economizando?

Hoje, 22, comemoramos o Dia Mundial da Água. Esta semana todos parecem ficar mais conscientes e racionais sobre o seu uso. Todos economizam, tomam banhos mais rápidos, reutilizam água e várias outras ações. Durante esse tempo, aparecem milhares de campanhas para o uso correto deste bem tão preciso.
Sinceramente, essas ações são super válidas e interessantes, mas não devem existir apenas em momentos de celebração, e sim devem ser uma constante em nossas vidas.
Cuidar bem da água deve ser uma atitude que devemos ter diariamente, em todas as semanas, em todos os dias, em todos os minutos. Se você recebe água encanada bem limpinha em sua casa, não se esqueça que alguns milhões de pessoas não recebem. E isso não acontece só na África e em países pobres e subdesenvolvidos, a falta de água está no Brasil, no Nordeste, em São Paulo e mais perto do que imaginamos.
Segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), 55% dos municípios brasileiros terão problemas de abastecimento de água em 2015. A ANA afirma que, para evitar o colapso, ou seja, o risco de desabastecimento, serão necessários investimentos de R$ 22,2 bilhões até 2025. Isso porque o Brasil tem abundância em recursos hídricos.
Caminhões pipa abastecem população de município no Nordeste
O governo Lula até criou o Programa Infraestrutura Hídrica, que tem como objetivo aumentar a disponibilidade de água para população do Nordeste, onde a oferta desse recurso é reduzida, mas para isso precisam ser construídas barragens, adutoras, canais, poços, açudes e sistemas simplificados de abastecimento. Ou seja, para sua realização é necessário investimento.
Investimentos, projetos, boa vontade… essa seria a fórmula [quase] perfeita. As pessoas e os governos devem se unir em prol desta causa. Se nada for feito agora, o futuro pode estar comprometido.

sexta-feira, março 16, 2012

Blog Lamenta a morte de Aziz Ab' Saber

É com muito pesar que o blog comunica a morte do grande intelectual Aziz Ab' Saber. Aziz era um dos maiores especialistas em geografia física do mundo. A perda dele não só para o mundo acadêmico, mas para toda a sociedade pois era um homem de espírito crítico e comprometido com a sustentabilidade.
Ele fazia bem a ligação entrte a lado científico e humanista. Tinha uma visão holítica do ambiente. A mesma preocupação que tinha com os estudos científicos tinha com a população, inclusive os excluídos de nossa sociedade.
Segundo amigos da área Aziz foi quem conseguiu descrever os biomas brasileiros de forma mais didática. Tinha também trabalhos importantes sobre a caatinga e a amazônia. Segundo o geógrafo Manoel Fernandes ele fez a geografia dialogar com outras áreas do conhecimento.

Aziz fará falta, porém deixará para nós um exemplo de um homem que acrediatava na vida e comprometido coma sustentabilidade e justiça social

Aos familiares e amigos nossos mais sinceros sentimentos.

Bicicletários podem trazer novos usários para o metrô

Questões de mobilidade urbana podem ser resolvidas com ações simples. Não são só grandes viadutos e obras megalomaníacas que resolvem a questão. Pesquisas mostram que as pessoas querem usar mais o metrô só que de forma casada com a bicicleta. A pesquisa partir da observação de um grande número de bicicletas presas em terminais como Camaragibe e Cajueiro Seco.

Dados do pesquisador José Augusto , Mestre em Transporte e Gestão de Infraestruturas Urbanas pela UFPE deixam claro esse sinergia entre bicicletas e metrô. Ele descobriu que um percentual de 83% da população pesquisada do entorno da estação de Camaragibe utiliza o transporte público. Das pessoas ouvidas, 65% garantiram que desejam fazer uso das bicicletas em conjunto com o metrô. As catracas do metrô do Recife rodam 230 mil vezes por dia, mas as linhas só lotam nos horários de pico. Fora dele, há ociosidade no sistema, a qual poderia diminuir se os ciclistas tivessem um pouquinho de apoio para deixar suas magrelas nas estações. Ou seja, falta apenas um bicicletário decente, de preferência coberto, parecem clamar seus potenciais usuários. Outras medida óbvia é garantir um mínimo de segurança para os ciclistas nas proximidades das estações. Assim, atividades rotineiras, como pequenas compras, lazer e a rotina do trabalho, seriam realizadas com a combinação dos dois transportes.

Improviso: Bicicletas amarradas na estação Cajueiro Seco
“Bicicleta não pode ser vista como a solução para os males do trânsito, mas ela participa com tranquilidade da construção de uma cidade com uma mobilidade mais humana”, comenta o pesquisador.
E felizmente, esses resultados podem sair do papel. José Augusto foi convidado a participar do grupo de trabalho sobre ciclovias criado pelo consórcio de prefeituras que respondem pelo trânsito metropolitano e a Secretaria das Cidades de Pernambuco. A partir daí, a Secretaria das Cidades, que participa da construção de 13 terminais integrados entre ônibus e metrô na Região Metropolitana do Recife, decidiu incluir a construção de bicicletários e o consórcio instalará a estrutura nos terminais em operação. “Eles serão públicos e vão funcionar no mesmo horário de atendimento da estação”, conta Ivaldete Marinho, urbanista do Programa Ciclovias da secretaria. A pesquisa estimou, para a estação Camaragibe, a necessidade de um bicicletário com 60 vagas. Atualmente, apenas uma estação, a Tancredo Neves, possui um bicicletário com capacidade para 28 bicicletas.


Dados da pesquisa podem ser encontradas nesse site: http://www.bdtd.ufpe.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6327

quinta-feira, março 15, 2012

Recuperação da Praia do Icaraí: um sonho real.


Em meados de 2010, o cenário na praia do Icaraí era de destruição com a população apreensiva e desmotivada com o forte processo erosivo na praia, o comércio local chegou a fechar mais de duzentos estabelecimentos, a depreciação imobiliária dos imóveis na área aterrorizava os moradores, os turistas se afastavam procurando outros destinos, os campeonatos de surf deixaram de ocorrer por conta das pedras dos enrocamentos jogados na praia que encolhia a olho nu, o mar avançou e destruiu parte do asfalto da Avenida Litorânea.


No final de agosto de 2010, a atual administração do Município de Caucaia tomou a decisão de utilizar uma nova solução de engenharia para proteção costeira, valendo-se da construção do Barra Mar Dissipador de Energia Bagwall com o objetivo de controlar o processo erosivo no local e recuperar a praia natural recreativa.


sexta-feira, março 09, 2012

Por que não investir no Bioasfalto

Para muitas pessoas, o asfalto ainda representa uma coisa boa, o “progresso”: ter sua rua asfaltada ainda é motivo de votos vitalícios ao político que propôs a obra, mesmo que seja mal feito, que não dure um ano sem buracos ou que impermeabilize todo um bairro, ocasionando alagamentos que antes não existiam.

No entanto, o asfalto é um dos maiores inimigos da sustentabilidade, pois é feito de derivados de petróleo, esquenta muito (gerando ilhas de calor) e impermeabiliza o solo, contribuindo para as enchentes que assolam nossas cidades. È a solução perfeita para os carros, mas queremos mesmo viver num mundo moldado para os automóveis?

Para diminuir o impacto ambiental desse inimigo em nossas estradas e cidades, estão sendo feitos estudos para substituição da base de petróleo utilizada atualmente na produção do asfalto por óleos derivados de árvores e plantas. Esses óleos vegetais podem ser feitos de açúcar, melaço, amido de batata, arroz ou milho, óleos vegetais, resíduos de cocos, amendoins e canola, resinas de árvores, etc.

Além de necessitar de temperaturas mais baixas para sua produção, o bioasfalto é mais resistente a bruscas variações de temperatura e tem maior vida útil e durabilidade. Como não tem o petróleo como matéria-prima, esse asfalto ecológico pode também ser colorido, esquentando menos sob a radiação do sol e economizando em tintas e manutenção, pois as faixas de pedestre e sinalizações já podem ser feitas juntamente com a pavimentação.

No final da cadeia de produção, o bioasfalto gera como resíduo um carvão vegetal, usado para enriquecimento do solo e também para remover gases nocivos da atmosfera.

O Brasil poderia adotar esse material inovador, aproveitando os refugos vegetais das indústrias ao invés de jogá-los nas bacias hidrográficas ou em aterros sanitários. Assim nosso país daria um grande passo rumo ao verdadeiro progresso, aquele totalmente comprometido com as questões ambientais!

quinta-feira, março 01, 2012

O que Acessibilidade tem haver com Sustentabilidade?


Começo esse texto com esta indagação, pois num primeiro momento não se percebe nenhuma relação entre Acessibilidade e Sustentabilidade. Pois bem, eu digo que tem tudo haver e irei discorrer um pouco sobre esse tema que é extremamente importante para a nossa sociedade, pois amanhã um dos nossos familiares ou até um de nós, poderá ser um portador de deficiência, tornando-se assim um beneficiário desse sistema.

As nossas cidades caminham para se tornarem cidades sustentáveis onde é de fundamental importância que se elaborem políticas públicas atuantes de forma conjunta entre o planejamento urbano e o de transportes, a fim de garantir a população melhores condições em seus deslocamentos, eficiência e segurança por meio de uma mobilidade urbana sustentável e com uma acessibilidade baseada nos princípios de um desenho
urbano universal.

A Acessibilidade está enquadrada no bojo das políticas sociais fazendo com que ela esteja intimamente ligada a um dos pilares da sustentabilidade que é o SOCIAL. Cabe aos governantes criar espaços públicos mais igualitários e às prestadoras de serviços se adequarem a essa realidade. Do ponto de vista do mercado de trabalho, as empresas precisam dentro da política de responsabilidade social, ter em seus quadros portadores de deficiência pois, o Documento Agenda 21 da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no capítulo 03 (Combate à Pobreza), apresenta como um dos objetivos da Agenda “Oferecer urgentemente a todas as pessoas a oportunidade de ganhar a vida de forma sustentável”.


A Agenda 21 é um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Portanto, não poderia fechar os olhos para as necessidades das pessoas com deficiência. Não há justiça social com as condições de desigualdade e inacessibilidade enfrentadas por elas no dia-a-dia.

Muitos avanços têm ocorrido em torno da causa da pessoa com deficiência. Convenções internacionais e normas brasileiras têm conseguido progresso na luta pela inclusão social. Em 25 de agosto de 2009 foi promulgada a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, sendo a primeira norma internacional de direitos humanos que adquiriu status constitucional nos termos do § 3º do art. 5º da Constituição .Tem-se também como exemplos a chamada “Lei de Cotas” (art. 93 da Lei 8.213/91), as definições para os tipos de deficiências previstos no Decreto 5.296/04 e a reserva de vagas no serviço público (art. 5º, § 2º da Lei 8.112/90). Mesmo assim, muitas barreiras ainda precisam ser rompidas para que a nação possa usufruir de todo o potencial que têm esses cidadãos como construtores da sociedade da qual fazem parte. A discriminação é a maior batalha a ser vencida.