quarta-feira, julho 06, 2011

Estudo georreferenciado comprova a degradação ambiental no Litoral Norte de Pernambuco

Amanhã (7), às 14h30, será apresentado no Centro Integrado de Estudos Georreferenciados para a Pesquisa Social Mário Lacerda de Melo (CIEG), da Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundaj, os resultados do estudo intitulado Mapeamento Ambiental e de Uso do Solo das Áreas Estuarinas do Canal de Santa Cruz e do Rio Goiana (PE-PB), realizado pelo pesquisador Neison Freire, da Coordenação Geral de Estudos Ambientais e da Amazônia (CGEA). O estudo é parte integrante da pesquisa "Dinâmicas Ecológicas em Ambientes Estuarinos", coordenada pelo pesquisador Tarcísio Quinamo e integrada por vários pesquisadores, estagiários e bolsistas da Dipes.

Utilizando Tecnologias da Geoinformação e imagens de satélite dos seis municípios estudados (PE: Goiana, Ilha de Itamaracá, Itapissuma e Igarassú; PB: Pitimbu e Caapora), a pesquisa concluiu que no período de 1988 a 2009 houve significativas mudanças no uso e ocupação do solo na área com graves repercussões sócio-ambientais.As principais mudanças ocorreram nas áreas de mangue (que são protegidas por lei federal) e de mata nativa. Entre 1988 e 2006 comprovou-se a diminuição de 35,32% de área de mangue (cerca de 40 km² ) e de 52,35% (cerca de 152 km² ) de mata nativa. Por outro lado, houve, no mesmo período, um aumento de 18,48% nas áreas de cultivo de cana-de-açúcar e de 49,05% nas áreas urbano-industriais. Neste aspecto, vale salientar que o mangue perdeu área principalmente para a cana-de-açúcar (31,72 km² ) e urbano-industrial (24,04 km² ). Também as áreas de mata nativa perderam espaço principalmente para a cana-de-açúcar (144,42 km²).Um banco de dados geográfico com cerca de 100 Gb foi criado a partir deste estudo, utilizando as instalações do CIEG em Apipucos. Par o processamento das imagens foi adotado um software livre, baseado no Spring, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Várias cartas e mapas foram executados e irão compor um estudo importante para subsidiar as ações de políticas públicas ambientais na área de estudo.

Fonte: Blog da Folha

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