quinta-feira, março 31, 2011

A degradação dos corpos d`água e os resíduos da construção civil

Na dia 22 de março foi comemorado o Dia Mundial da Água, entretanto, muitas ações devem ocorrer para que possamos, realmente, comemorar. Entre elas, o fim das deposições irregulares dos Resíduos da Construção Civil (RCC) em corpos d’água e afins.

Por ser um dos mais importantes setores da economia mundial, a construção civil traz muitos benefícios para a sociedade, mas também traz muitos problemas, como o gigantesco volume de resíduos gerado. Esse problema é antigo, e só recentemente, a preocupação e busca por medidas mitigadoras estão sendo tomadas.

Grande parte dos municípios não dispõem de locais apropriados para a deposição desses resíduos, ficando a cargo das empresas coletoras e dos próprios geradores realizarem esse serviço. Assim, as deposições irregulares acabam ocorrendo, em muitos casos, com o conhecimento do poder público local.

Deposição irregular de RCC obstruindo o tráfego

Quando essas deposições irregulares são feitas na área urbana, podem provocar a obstrução do tráfego, proliferação de vetores, obstrução do sistema de drenagem, entre outros. Entretanto, o maior volume desses resíduos são depositados em corpos d’água, que além de promover o assoreamento dos mesmos, contaminam a água (superficial e subterrânea).

Os RCC’s possuem concentrações elevadas de ferro, zinco, cobre, arsênio e cádmio, muito acima do limite permitido para água potável, trazendo danos não só ao homem, mas também à vida aquática.

Deve-se ressaltar que os RCC’s não contêm somente restos de tijolos, blocos, telhas e cerâmicas. Materiais como plástico, tubos, fios elétricos, entre outros, também estão presentes nesses resíduos.

É essa variedade de materiais que causa a ‘falsa’ ideia de lixão, fazendo com que outros tipos de resíduos sejam depositados nesses locais, piorando ainda mais a situação desses corpos d’água.

Com o aumento da preocupação acerca dos RCC’s, novas tecnologias estão surgindo e novos métodos são desenvolvidos a cada dia, visando à minimização dos impactos ambientais gerados, buscando, sempre, o desenvolvimento sustentável no setor.

É fundamental que os municípios obedeçam a Resolução CONAMA 307, que estabelece diretrizes e procedimentos para o gerenciamento desses resíduos, e cabe ao cidadão (gerador, coletor e sociedade, em geral), adquirir a consciência necessária para que essas deposições irregulares cheguem ao fim.

Fonte: E esse tal meio ambiente

terça-feira, março 29, 2011

Uma Lei de Resposabilidade Sócio-Ambiental?

Artigo escrito por Leonardo Boff

Já existe a lei de responsabilidade fiscal. Um governante não pode gastar mais do que lhe permite o montante dos impostos recolhidos. Isso melhorou significativamente a gestão pública.


O acúmulo de desastres sócio-ambientais ocorridos nos últimos tempos, com desabamentos de encostas, enchentes avassaladoras e centenas de vítimas fatais junto com a destruição de inteiras paisagens, nos obrigam a pensar na instauração de uma lei nacional de responsabilidade sócio-ambiental, com pesadas penas para os que não a respeitarem.

Já se deu um passo com a consciência da responsabilidade social das empresas. Elas não podem pensar somente em si mesmas e nos lucros de seus acionistas. Devem assumir uma clara responsabilidade social. Pois não vivem num mundo a parte: são inseridas numa determinada sociedade, com um Estado que dita leis, se situam num determinado ecossistema e são pressionadas por uma consciência cidadã que cada vez mais cobra o direito à uma boa qualidade de vida.

Mas fique claro: responsabilidade social não é a mesma coisa que obrigação socialprevista em lei quanto ao pagamento dos impostos e dos salários; nem pode ser confundida com a resposta social que é a capacidade das empresas de criativamente se adequarem às mudanças no campo social, econômico e técnico. A responsabilidade social é a obrigação que as empresas assumem de buscar metas que, a meio e longo prazo, sejam boas para elas e também para o conjunto da sociedade na qual estão inseridas.

Não se trata de fazer para a sociedade o que seria filantropia, mas com a sociedade, se envolvendo nos projetos elaborados em comum com os municípios, ONGs e outras entidades.

Mas sejamos realistas: num regime neoliberal como o nosso, sempre que os negócios não são tão rentáveis, diminui ou até desaparece a responsabilidade social. O maior inimigo da responsabilidade social é o capital especulativo. Seu objetivo é maximizar os lucros das carteiras e portofólios que controlam. Não vêem outra responsabilidade, senão a de garantir ganhos.

Mas a responsabilidade social é insuficiente, pois ela não inclui o ambiental. São poucos os que perceberam a relação do social com o ambiental. Ela é intrínseca. Todas empresas e cada um de nós vivemos no chão, não nas nuvens: respiramos, comemos, bebemos, pisamos os solos, estamos expostos à mudanças dos climas, mergulhados na natureza com sua biodiversidade, somos habitados por bilhões de bactérias e outros microorganismos. Quer dizer, estamos dentro da natureza e somos parte dela. Ela pode viver sem nós como o fez por bilhões de anos. Nós não podemos viver sem ela. Portanto, o social sem o ambiental é irreal. Ambos vêm sempre juntos.

Isso que parece óbvio, não o é para a grande parte das pessoas. Por que excluimos a natureza? Porque somos todos antropocêntricos, quer dizer, pensamos apenas em nós próprios. A natureza é exterior, posta ao nosso bel-prazer.

Somos irresponsáveis face à natureza quando desmatamos, jogamos bilhões e litros de agrotóxicos no solo, lançamos na atmosfera, anualmente, cerca de 21 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa, contaminamos as águas, destruímos a mata ciliar, não respeitamos o declive das montanhas que podem desmoronar e matar pessoas nem observamos o curso dos rios que nas enchentes podem levar tudo de roldão.

Não interiorizamos os dados que biólogos e astrofísicos nos apresentam: Todos possuímos o mesmo alfabeto genético de base, por isso somos todos primos e irmãos e irmãs e formamos assim a comunidade de vida. Cada ser possui valor intrínseco e por isso tem direitos. Nossa democracia não pode incluir apenas os seres humanos. Sem os outros membros da comunidade de vida, não somos nada. Eles valem como novos cidadãos que devem ser incorporados na nossa compreensão de democracia que então será uma democracia sócio-ambiental. A natureza e as coisas dão-nos sinais. Elas nos chamam atenção para os eventuais riscos que podemos evitar.

Não basta a responsabilidade social, ela deve ser sócio-ambiental. É urgente que o Parlamento vote uma lei de responsabilidade sócio-ambiental imposta a todos os gestores da coisa pública. Só assim evitaremos tragédias e mortes.


sexta-feira, março 25, 2011

Vamos comemorar economizando?

Na última terça-feira, 22, comemoramos o Dia Mundial da Água. Esta semana todos parecem ficar mais conscientes e racionais sobre o seu uso. Todos economizam, tomam banhos mais rápidos, reutilizam água e várias outras ações. Durante esse tempo, aparecem milhares de campanhas para o uso correto deste bem tão preciso.

Sinceramente, essas ações são super válidas e interessantes, mas não devem existir apenas em momentos de celebração, e sim devem ser uma constante em nossas vidas.

Cuidar bem da água deve ser uma atitude que devemos ter diariamente, em todas as semanas, em todos os dias, em todos os minutos. Se você recebe água encanada bem limpinha em sua casa, não se esqueça que alguns milhões de pessoas não recebem. E isso não acontece só na África e em países pobres e subdesenvolvidos, a falta de água está no Brasil, no Nordeste, em São Paulo e mais perto do que imaginamos.

Segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), 55% dos municípios brasileiros terão problemas de abastecimento de água em 2015. A ANA afirma que, para evitar o colapso, ou seja, o risco de desabastecimento, serão necessários investimentos de R$ 22,2 bilhões até 2025. Isso porque o Brasil tem abundância em recursos hídricos.

Caminhões pipa abastecem população de município no Nordeste

O governo Lula até criou o Programa Infraestrutura Hídrica, que tem como objetivo aumentar a disponibilidade de água para população do Nordeste, onde a oferta desse recurso é reduzida, mas para isso precisam ser construídas barragens, adutoras, canais, poços, açudes e sistemas simplificados de abastecimento. Ou seja, para sua realização é necessário investimento.

Investimentos, projetos, boa vontade… essa seria a fórmula [quase] perfeita. As pessoas e os governos devem se unir em prol desta causa. Se nada for feito agora, o futuro pode estar comprometido.

Fonte: E esse tal meio ambiente?

quinta-feira, março 24, 2011

Dia Mundial da água

Um Rio de promessas não cumpridas

Publicado em 22.03.2011, no Jornal do Commercio. Por Cleide Alves e Verônica Falcão.

Em tupi, Beberibe é rio que vai e vem, numa referência ao movimento das marés, mas bem que poderia se chamar rio das promessas. Mais precisamente, das promessas não cumpridas. A última delas foi feita há dois anos, quando o governo anunciou a revitalização do curso-d’água. O projeto, orçado em R$ 63 milhões, tinha previsão de 24 meses para ser concluído.

Financiado pela Caixa Econômica Federal, o dinheiro seria usado no revestimento das margens com concreto, nos trechos em que o rio corta áreas urbanas, e com vegetação nativa nos que passa por áreas desabitadas. Renaturalização era o nome dado ao serviço, a cargo da Secretaria de Recursos Hídricos.

O projeto não saiu do papel. Hoje, o que a secretaria prevê é a dragagem da foz. “O Beberibe foi dividido em seis trechos. Vamos começar pelo último, porque acreditamos que, com a calha aprofundada na foz, a água correrá com mais facilidade, devolvendo aos poucos à vida ao rio”, diz o gerente de Obras de Saneamento da secretaria, Augusto Dantas.

Serão dragados 600 mil metros cúbicos de sedimentos, o que resultará, segundo a secretaria, no aprofundamento de 2,3 metros da calha. O trecho final do rio, com extensão de 23,7 quilômetros, tem 2,2 quilômetros. Vai do trecho sob a ponte da Avenida Olinda até os fundos do Palácio do Campo das Princesas, quando se encontra com o Rio Capibaribe.

A draga passará um ano retirando a lama e jogando a 2,3 quilômetros de distância, no alto-mar. “Estamos concluindo o termo de referência com o detalhamento do serviço. O edital de licitação será publicado em abril. Entre julho e agosto, emitiremos a ordem de serviço para a empresa vencedora iniciar a obra”, detalha o engenheiro. O valor da dragagem, segundo ele, não pode ser revelado para evitar o superfaturamento das propostas.

A renaturalização não é a única promessa não cumprida para o Beberibe. Em 2003, o governo do Estado fez o lançamento festivo de programa com ações de drenagem, saneamento, pavimentação de ruas, abastecimento d’água, construção de moradias populares, revestimento de canais e equipamentos urbanos, inclusive terminais de ônibus.

Umas das poucas ações do Prometrópole cumpridas foram a recuperação do antigo Matadouro de Peixinhos, que hoje abriga o centro cultural Nascedouro de Peixinhos, a urbanização do Canal de Jacarezinho, em Campina do Barreto, o prolongamento da Avenida Professor José dos Anjos, do Arruda até Peixinhos, e moradias. Na época, o governo atribuiu à desvalorização do dólar o fato de o programa não ter andado. O contrato de US$ 84 milhões (metade do Banco Mundial e o restante contrapartida local) equivalia, em 2003, a R$ 320,8 milhões. Três anos depois, a R$ 178,9 milhões.

quinta-feira, março 17, 2011

USINA NUCLEAR EM PERNAMBUCO: O POVO DEVE DECIDIR

Edilson Silva *

Desde que Pernambuco foi colocado como possibilidade para a instalação de um complexo de usinas nucleares, o PSOL colocou com mais força esta questão em sua pauta política. Por conta disto, em nossa recente campanha ao governo do estado, nossa candidatura foi a única a fazer programas televisivos (nos poucos segundos que tínhamos) para denunciar a instalação silenciosa e ilegal destas usinas em nosso estado, oportunidade em que defendíamos, como ainda defendemos, uma consulta direta, via plebiscito ou referendo, para decidir de forma democrática esta tema.

Há poucas semanas, após a definição de Itacoruba, cidade pernambucana às margens do Rio São Francisco, como prioridade desta instalação, publicamos um artigo insistindo no assunto, chamando de estupidez instalar estas usinas num estado rico em fontes alternativas e renováveis como o nosso. No referido artigo, elencamos ainda outros fatores contrários a esta instalação, inclusive a sua inconstitucionalidade.

Com os tristes eventos que ocorrem no Japão, terremotos seguidos de tsunami e os gravíssimos incidentes nucleares – uma conseqüência trágica que desnudou os limites tecnológicos no trato da energia nuclear -, o uso deste combustível em larga escala, mesmo para fins pacíficos, recolocou com força a questão nuclear na pauta política do mundo. Países da Europa, onde esta fonte é largamente utilizada, estão rediscutindo o futuro das fontes nucleares para geração de energia elétrica. Jogo político ou não, o assunto saiu dos gabinetes.

Infelizmente, mas de forma muito previsível, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, mesmo com a agonia e a catástrofe nuclear que se anuncia no Japão, afirma que o Brasil não repensará seus planos nucleares. Segundo ele, acidentes acontecem em qualquer atividade. O problema é que as conseqüências de um acidente nuclear podem durar séculos, podem ser irreparáveis para as presentes e futuras gerações. Vale a pena realmente correr este risco¿ Esta resposta não deve ficar nas mãos de meia dúzia de políticos, empresários e jornalistas interesseiros.

Apesar da fala do ministro, o fato é que este debate internacional chegou ao Brasil. Melhor ainda: chegou a Pernambuco. O grito ensurdecedor da natureza inquietou, se não honestamente, pelo menos em discursos, vários parlamentares e incontáveis reportagens nos meios de comunicação. A opinião pública volta seus olhos para este grave tema.

Longe de acharmos que se trata de questão de fácil solução, colocamo-nos entre aqueles que não são, a priori e por princípio, contrários à produção de energia elétrica a partir de combustível nuclear. Contudo, reivindicamos a primorosa redação que está inserida em nossa Constituição Estadual. Este combustível só deve ser considerado em último caso, quando todas as outras alternativas estiverem absolutamente esgotadas.

Nesse sentido, mas numa perspectiva socialista, portanto de primazia do planejamento estratégico subordinado à busca do desenvolvimento social – que é bastante distinto de crescimento econômico puro e simples, irresponsável, como pensa e pratica o governador Eduardo Campos até aqui -, temos insistido na hipótese de se repensar o processo linear e crescente de consumo e produção na atualidade.

Entendemos que a tese da inevitabilidade do aumento permanente da demanda por mais energia elétrica tem muito de artificialidade e interesses econômicos mesquinhos, mas poderosos, embutidos. Devemos e podemos, com a pressa necessária e possível, colocar na planilha da relação custo-benefício das opções econômicas a sustentabilidade sócio-ambiental, a capacidade de nosso planeta suportar tamanha devastação e, consequentemente, a capacidade da própria sociedade humana conseguir sobreviver em patamares razoáveis diante de tamanhas metamorfoses que o planeta já acusa.

Dizer não às usinas nucleares em Pernambuco é um primeiro passo importante nesta inflexão, um passo que está ao nosso alcance. É dizer sim à mudança da lógica perversa do mercado capitalista. É dizer sim à vida, sim às maiorias, sim ao equilíbrio homem-natureza.

O PSOL, com as honestas e honradas forças que tem, está lutando e fazendo a sua parte. Você que está lendo este artigo pode certamente contribuir. Mande e-mails, cobre de seu vereador, deputado, senador, fale com seu vizinho, amigo, colega de escola, coloque no seu blog, twitter, facebook, Orkut, ou outras redes, fale na rádio e outros veículos de comunicação que você tem acesso. Este debate não pode ficar circunscrito aos corredores do poder. O povo deve participar!

* Presidente do PSOL-PE. Twitter e blog.

terça-feira, março 15, 2011

II Fórum sobre Sustentabilidade em Manaus

Fonte: Blog e esse tal meio ambiente?

Nos dias 24, 25 e 26 de março, o belíssimo Hotel Tropical de Manaus receberá o II Fórum Internacional sobre Sustentabilidade, onde empresários do estado de Manaus que compõe oGrupo de Líderes Empresariais – LIDE – e convidados irão discutir questões ambientais referentes à sustentabilidade empresarial. O tema será “Sustentabilidade Econômica, Ambiental e Social da Amazônia e do Planeta”.

Evento terá Governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger

O evento contará com a presença de importantes e reconhecidos empresários nacionais e internacionais, como: Bill Clinton, ex presidente dos Estados Unidos, Paul Hawken, ambientalista americano, Adam Webach ativista americano, Dan Epstein chefe de desenvolvimento sustentável e de regeneração nas Olimpíadas de 2012 em Londres, Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, Fábio Feldmann, Consultor e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de SP, e Richard Branson, empresário que detém mais de 400 empresas e está entre os 300 homens mais ricos do mundo, além de jornalistas e outros convidados engajados no tema e não será aberto ao público.

O Fórum será aberto por Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente do Brasil; Omar Aziz, governador do Amazonas; Eduardo Braga, senador da República; Amazonino Mendes, prefeito da cidade de Manaus e João Doria Jr, presidente do LIDE.

Os objetivos do Fórum são difundir práticas e mecanismos bem-sucedidos de desenvolvimento sustentável na Amazônia e no mundo; demonstrar o valor econômico e ambiental da floresta em pé e suas implicações para a região e o mundo; criar um compromisso político e empresarial com o desenvolvimento sustentável do planeta.

A cidade de Manaus foi escolhida para ser sede do II Fórum Internacional de Sustentabilidade, pois nela está a maior parte da Floresta Amazônica e também abriga um dos maiores pólos industriais do Brasil, com empresas nacionais e internacionais de pequeno, médio e grande porte.

Sobre o LIDE

O LIDE é uma associação de empresários destinada a fortalecer o pensamento, relacionamento e princípios éticos de governança corporativa no Brasil.É formado por líderes empresariais de corporações nacionais e internacionais, e promove a integração entre empresas, organizações e entidades privadas, por meio de programas de debates, fóruns de negócios, atividades de conteúdo, iniciativas de apoio à sustentabilidade e responsabilidade social.

A crise nuclear no Japão e nossa política energética

Fonte: Blog do Sakamoto

O Brasil deve construir mais quatro centrais nucleares nas próximas duas décadas. Disputam recebê-las os Estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe, banhados pelo velho Chico, que poderia fornecer água para a operação das usinas. Estados da região Sul também estariam no páreo. Enquanto isso, Angra 3, no Rio de Janeiro, está a caminho.

Não temos tremores de terra da magnitude dos que atingiram o Nordeste do Japão, causando danos à usina nuclear de Fukushima e levando preocupação quanto à contaminação radioativa não só da ilha, mas também dos países próximos (o fantasma de Chernobyl gosta de rondar por aí nessas horas). Contudo, por mais que tenhamos evoluído em tecnologia para prevenção de acidentes, eles acontecem. E uma vez ocorrendo, causam um impacto que pode afetar a vida de gerações.

Vale a pena investirmos nessa forma de geração de energia considerando o risco? Creio que não. Temos um imenso potencial solar, eólico, de biomassa e mesmo hidrelétrico (se planejadas e executadas de forma democrática, participativa e socialmente e ambientalmente responsável, determinadas hidrelétricas são uma possibilidade) que não é corretamente aproveitado.

Tempos atrás, o Ministério das Minas e Energia disse que ou o licenciamento ambiental de hidrelétricas saía ou a União começaria a procurar outras fontes de energia como a térmica ou nuclear. Chantagem da brava, do tipo: “ou vocês fazem o que quero ou eu atrapalho a sua vida”. O Ministério do Meio Ambiente disse, na época, que tanto a energia térmica quanto a nuclear não eram opções. Pelo que se vê, são sim e estão em curso. Mesmo que usinas nucleares estejam sendo desativadas em vários países, que procuram fontes realmente limpas de energia.

Resta saber para quem destinamos o “eu te disse”, fruto do “quem avisa, amigo é”, quando um problema qualquer – Deus-que-me-livre-e-guarde – acontecer no futuro fruto de nossa política nuclear.

sexta-feira, março 11, 2011

Mais uma tartaruga é encontrada na praia de Piedade


Fonte: Djalma Junior

Ontem(10/03), mais uma tartaruga foi encontrada da espécie cabeçuda foi encontrada na praia de Piedade.Ainda não há um consenso entre os ambientalistas sobre o motivo da da desova do mesmo. Já são 5 a quantidade de tartarugas encontradas na orla de Piedade e 4 ninhos já existem no total entre as praias de Piedade e Candeias.
A prefeitura de Jaboatão informa que está monitorando os ninhos encontrados diariamente, porém essa informação não condiz com a verdade pois basta circular pela orla e ver que não há ninguém fazendo fazendo esse trabalho de monitoramento. O que há é apenas cercas e uma sinalização que não é suficiente para o total controle das espécies. O próprio carnaval na orla se tornou uma grande ameaça aos ninhos pois sabemos que o eventos arrastou uma grande multidão. Com a palavra o Secretário de Meio Ambiente de Jaboatão e o prefeito Elias Gomes não só sobre esse caso mas sobre a política de meio ambiente no município que não é prioridade para essa gestão.

Ana lança "hotsite" do Dia Mundial da Água


Assessoria de Comunicação da ANA
03/03/2011

Tradicionalmente lançado pela Agência Nacional de Águas (ANA) no início do mês, o hotsite Águas de Março 2011 está disponível a partir de hoje. Com o tema "Água para as Cidades - Respondendo ao desafio urbano", este ano a Organização das Nações Unidas (ONU) convida a população mundial a refletir sobre a importância de políticas públicas e do uso responsável dos recursos hídricos nas grandes cidades, com o objetivo de garantir o abastecimento das futuras gerações.

Segundo as Nações Unidas, a cada mês cinco milhões de pessoas chegam às grandes cidades nos países em desenvolvimento. No Brasil, o desafio de manter a oferta hídrica nas grandes cidades também é grande. Hospedado no site institucional da ANA, o "Águas de Março" traz informações sobre o Atlas de Abastecimento Urbano de Água, que aponta quais são as ações e investimentos necessários para garantir o abastecimento nas cidades brasileiras.

O "hotsite" traz ainda dicas e exemplos de uso racional, notícias, entrevistas e o calendário de eventos em todo o Brasil. Órgãos de governo, instituições que fazem parte do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), organizações não governamentais e o terceiro setor podem cadastrar seus eventos para serem divulgados no portal.

Para conhecer o "hotsite" ou cadastrar eventos, acesse www.ana.gov.br e fique por dentro do que acontece no Brasil em comemoração ao Dia Mundial da Água 2011.

Fonte: Informe Consea

Quem não gosta de samba, bom sujeito não é...

Carnaval é sinônimo de festa e alegria. Tornou-se tão grande e popular que o Brasil é conhecido no exterior como o “país do samba”, vários gringos vêem prestigiar a festa e nós, os brasileiros, costumamos dizer que “o ano só começa mesmo depois do carnaval.” São quatro dias de pura festança. No começo, até vai tudo bem. Nos alegramos com a festa, com as músicas, com as alegorias. Mas depois de um tempo, sem pausa, onde você praticamente é obrigado a entrar na folia, a brincadeira torna-se um pesadelo. Dependendo da localidade onde mora, não adianta buscar paz de espírito dentro da sua casa, a bagunça atravessa as paredes. “A sua liberdade termina quando começa a minha”, já diz um sábio ditado. Que é totalmente esquecido durante o carnaval.

As prefeituras das cidades tentam se estruturar organizando os horários para os blocos de ruas, distribuindo banheiros químicos e policiamento reforçado. Agora imagina o folião, no meio do bloco, no verão, num país tropical, cheio de breja na cachola…onde fica a cidadania numa hora dessas? Perde-se qualquer noção do bom senso e princípios básicos de educação e respeito desaparecem feito vestes no carnaval. E na ausência deles, é impossível ter qualquer consideração com o próximo, que dirá com o meio ambiente que o cerca.

Considerada a maior festa popular do mundo, pensemos realmente o quanto ela tem de popular. Quantos de nós, pobres mortais, temos acesso as festas privadas, camarotes vips e os disputadíssimas abadás – conhecidos como “passaportes da alegria”, que vemos o tempo todo na Globo? Só gente bonita, rica e sarada. E cadê o povo, o de verdade, o eu e você, que é pra quem, em teoria, a festa seria? Teve artista baiano que acelerou o bloco pobretão pra se exibir por mais tempo pra ala VIP. Teve – sempre tem – grupo de idiotas baderneiros que tornam-se valentões e depredam canteiros, edifícios, comércios e deixam um rastro de selvageria pelo caminho. Aí você vem e diz: “Carnaval é uma vez por ano, é normal!” Será mesmo? Em números, este ano as mortes nas rodovias federais do país superaram as do ano passado. Vidas perdidas similares a campos de batalha. A irresponsabilidade impera.

As autoridades têm a obrigação de descobrir como conciliar a alegria e a ordem urbana. Mas o número de acidentes, brigas, vandalismo, mortos, multas, além das pessoas autuadasfazendo pipi nas ruas (mulheres inclusive) sugerem que estamos ainda muito longe disso. É correto dizer que é muito melhor ter nas ruas alegres blocos carnavalescos do que manifestantes enfrentando a polícia como ocorre atualmente em outros países. Mas não se trata de uma coisa ou outra. É preciso garantir o direito à alegria e também o direito daqueles que optam pelo descanso e tranquilidade.

Nesta época nosso pior vem a tona: idolatramos na TV beldades artificiais e sem conteúdo, beijamos muuuuito mas, na quarta-feira de cinzas, acordamos sozinhos e ressacados. Voltamos a nossa vidinha ordinária, ir pro trabalho, trânsito infernal, pagar as contas e a prestação. O ano começa quando caímos na real. Simbolicamente, o meio ambiente esteve muito bem representado neste carnaval. No Rio de Janeiro, a grande campeã foi a escola de samba com nome de pássaro que homenageou o Rei Roberto Carlos, a Beija Flor. Só faltou em São Paulo darem o troféu para a Gaviões!

Fonte: João Paulo do Blog esse tal meio ambiente

quinta-feira, março 10, 2011

Data de audiência pública para tratar da revitalização da lagoa olho d`água deve sair na próxima semana


Audiência foi solicitada pelo deputado Betinho Gomes

A data da Audiência Pública, que pretende cobrar explicações ao Governo do Estado sobre as obras atrasadas de Revitalização da Lagoa Olho D'água, deverá sair na próxima semana. A audiência acontecerá na Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado e foi solicitada pelo Deputado Estadual Betinho Gomes (PSDB).

Desde de 2008, existem recursos de quase R$ 110 milhões, provenientes do PAC, para a urbanização da lagoa. Até agora, nenhuma obra de infraestrutura ou saneamento foi realizada na lagoa, apenas o cadastramento das famílias que deverão sair das margens da lagoa e ocuparão um conjunto habitacional de interesse social, que está sendo construído em Cajueiro Seco, Prazeres.

O deputado Betinho Gomes promete cobrar um cronograma das obras e o detalhamento técnico do projeto. Aliás, até hoje a população não sabe bem o que estão planejando fazer na lagoa, pois a transparência do projeto é zero. Serão convocados a dar explicações o secretário das cidades, Danilo Cabral e de meio ambiente, Sérgio Xavier, além de representantes das empresas que estão atualmente fazendo o projeto de urbanização.

Fonte: Blog lagoa olho d`água

Para ONU, agroecologia é a solução

Horta Orgânica em projeto no Distrito Federal

Fonte: Blog O ECO


Nesta terça-feira (08/03), a ONU – Organização das Nações Unidas – divulgou um relatório que afirma o potencial da agricultura sustentável, ou agroecologia, para rapidamente começar a alimentar as pessoas mais pobres, reparar os danos causados pela produção industrial e, a longo prazo, se tornar um padrão de produção. Clique aqui para baixar o relatório

O estudo, intitulado “Agroecology and the right to food” (tradução livre “Agroecologia e o direito à alimentação”), foi apresentado pelo relator especial sobre o direto à alimentação das Nações Unidas, Olivier De Shutter.

Uma das premissas do relatório, segundo declarações do De Shutter ao jornal The New York Times, é orientar a agricultura para os modos de produção que sejam mais ambientalmente sustentáveis e socialmente justos. Ele afirma que a agroecologia ajuda não somente os pequenos agricultores, que passam a ter a possibilidade de produzir num método menos oneroso que o industrial e mais produtivo, mas beneficia a todos nós.

O modelo desacelera o aquecimento global (com pouca emissão de gases de efeito estufa) e a erosão ecológica, ou seja, os impactos ambientais causados pela mecanização dos cultivos. Além disso, processos agroecológicos promovem a descentralização da produção, com práticas agrícolas em pequena escala em várias regiões, o que torna as culturas mais democráticas e menos sucetíveis aos choques climáticos.

Se comparada com a agricultura industrial, que requer uma enorme quantidade de água para a irrigação e combustíveis fósseis para o transporte e produção de fertilizantes químicos, a agroecologia usa menos recursos.

Para que ela seja colocada em prática de forma plena é preciso ter disponível trabalho, seja ele intelectual, aumentando o número de pesquisas sobre o tema, ou físico, já que precisará de mais agricultores e menos mecanização das lavouras.

O relator da ONU ainda enfatiza que é mais fácil e rápido adotar a transição para a agroecologia em países em desenvolvimento, como a África, que ainda podem ser orientados em seus métodos, do que nos países desenvolvidos, que já tem as suas indústrias alimentares estabelecidas. No entanto, declara que mesmo estes países ‘viciados em fertilizantes químicos’ devem mudar para a agricultura sustentável a fim de preservar o planeta.

Dentre as recomendações aos governos, para criação de políticas públicas em sustentabilidade, o estudo afirma que é preciso reorientar os gastos públicos na agricultura, priorizando os serviços de extensão e infra-estrutura rural, bem como a pesquisa em métodos agroecológicos.

O próximo passo seria a difusão dos conhecimentos sobre as melhores práticas de agricultura sustentável, com a colaboração das organizações e redes de agricultores existentes. (Flávia Moraes)

Link do estudo completo

quarta-feira, março 09, 2011

NOVA VERSÃO DE SISTEMA DE PREVISÃO DE DESASTRES NATURAIS

Fonte: Blog ciência e meio ambiente JC

O Instituto Nacional de Mudanças Climáticas, ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, lançou nova versão do Sistema de Informação para a Redução de Risco de Desastres Naturais (Sismaden).

O Sismaden é uma ferramenta gratuita, disponibilizada na internet, com informações sobre desastres naturais iminentes. O sistema permite a entidades civis e governamentais prever a ocorrência desses eventos com alguns dias de antecedência.

CNBB ABRE CAMPANHA DA FRATERNIDADE COM TEMA AMBIENTAL

Fonte: Djalma Junior

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), abre oficialmente, nesta quarta-feira, 9, a Campanha da Fraternidade(CF) que tem por tema "FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA".O ato de lançamento nacional, que será aberto à imprensa, acontecerá no auditório Dom Hélder Câmara, na sede da CNBB, em Brasília, às 14:30h e será presidido pelo secretário geral da CNBB dom Dimas Lara Barbosa.
A campanha se encontra na sua 47 edição desde a sua criação em 1964. A conscientização sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas estão entre os principais objetivos da campanha porém, o mais importante dos objetivos é o de provocar ações que preservem a vida no planeta.
Esta não é a primeira vez que a CF aborda o tema meio ambiente. Em 1979, a Campanha discutiu o tema “Por um mundo mais humano – Preserve o que é de todos”; em 2004, “Fraternidade e Água – Água, fonte de vida”; e, em 2007, a Amazônia foi lembrada: “Fraternidade e Amazônia – vida e missão neste chão”.

quinta-feira, março 03, 2011

Cientistas criticam reforma no código florestal

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC e a Academia Brasileira de Ciências – ABC , duas das principais organizações científicas do Brasil, realizaram uma análise das mudanças no Código Florestal propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O Grupo de Trabalho, que reuniu cientistas das duas organizações, realizou o estudo durante seis meses. O objetivo é fornecer dados e argumentos técnico-científicos a fim de auxiliar as discussões em torno das mudanças no Código Florestal. As informações iniciais sobre o relatório foram apresentadas em um seminário para debater o Código Florestal no último dia 22 de fevereiro, na Câmara dos Deputados. O relatório completo deve ser disponibilizado até a metade de março.

No relatório, os cientistas rejeitam as mudanças propostas, afirmando que as áreas de preservação permanente (APPs), como matas às margens de rios, não podem ser alteradas. O grupo ainda afirmou que as APPs e as reservas legais precisariam ser mantidas e recompostas para o bem da própria atividade agrícola. Segundo os cientistas, algumas culturas dependem de polinizadores que se abrigam nesses locais.

Censura na Embrapa

Pesquisadores da Embrapa que fizeram parte do Grupo de Trabalho que preparou o relatório, foram impedidos de participar do seminário que debateu o Código Florestal na Câmara dos Deputados. Os cientistas que se apresentaram reclamaram da censura aos colegas.

Segundo o órgão, não houve proibição, mas sim uma orientação para que os cientistas evitassem falar em nome da Embrapa sobre o tema, já que o órgão ainda não se posicionou oficialmente sobre as mudanças no Código Florestal.

Eu falei que a pessoa pode ir lá, mas tem de tomar cuidado com posicionamentos, para não carimbar as coisas como se fossem da Embrapa“, afirmou o diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

Cientistas de outras instituições que ainda não se posicionaram oficialmente sobre o projeto de mudança do Código Florestal, como USP, Unicamp, Inpe e Ministério da Ciência e Tecnologia, foram liberados para participar do seminário.

Fonte: E esse tal meio ambiente